2005-08-12

Etapa # 3: a Valónia e a Flandres.

2 irmãs. De mãos dadas, às vezes. Sem se olharem de frente, outras. Cada uma a sua personalidade. Cada qual com seus amigos. Em ambas o mesmo traço. A Bélgica.

Era pois hora de conhecer um novo país. 28 de Junho de 2005. A saída de Paris não apontava destino definido. O decorrer da viagem indicaria o local de repouso. Mons ganhou a corrida, debaixo de tempestade. Chuva intensa. Calor abrasador.



Nesta pequena cidade as pedras parecem querer falar. Os edifícios estabelecem um diálogo entre si. As ruas são feitas à medida dos peões. Seguimos então a pé.
Almoço agradável na Grand Place da cidade. Gastronomia belga recomenda-se.

A tarde não nos iria levar muito longe. Bruxelas a dois passos. Werchter logo após.
A transição entre as regiões faz-se notar. As indicações começam a ser imperceptíveis. O francês deixou de ser opção. Os diálogos estabelecem-se agora em inglês.
Optámos por Leuven. Boa escolha.
Cidade universitária em período de férias, nem por isso deixa de ter o seu encanto. Um solitário passeio pelas ruas da cidade revela uma catedral encantadora, trabalhada em todos os seus pormenores.


Para o jantar estava reservada a surpresa. “O Fado” projecta-se aos nossos olhos. A língua de Camões voltava a fazer-se ouvir. O paladar luso era relembrado O Rui, alentejano de Aljustrel, fazia questão de não nos deixar esquecer o quão rico é o Vinho do Porto. O Luís, super dragão de Bruxelas, ás vezes vizinho do velho Estádio das Antas comparece à chamada, trazendo mais 2 amigos. O Rui não gosta de copos vazios. Nós esforçamo-nos por contrariá-lo. A noite está lançada.

O Brasil ganhou a taça das confederações. Mais importante, goleou os rivais de sempre, os vizinhos argentinos. Um aglomerado verde e amarelo vai animando a sala de visitas da cidade, a praça onde acabamos por permanecer.
A festa estava para durar, mas era nossa intenção deixar cedo o hotel na manhã que se avizinhava. Um bar de karaoke acabou de uma vez por todas com as pretensões. Teenagers made in China faziam valer os seus (poucos) créditos na interpretação de hits sub-18. Um grupo de belgas de Brugges fazia subir um pouco o nível. 2 alegres portugueses tomaram conta do palco. Apareceram os U2, os Pixies e os Pearl Jam. Até “the Voice” marcou presença. Amizades várias foram registadas. Até uma fã fez questão de partilhar o palco com tão ilustres visitantes.

Debaixo da luz do Sol, a porta do hotel abriu-se à mesma hora que era suposto fechar-se. Uma simples questão de perspectiva. O dia 30 prometia não ser fácil.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ora cá estamos. Mais um cantinho para deitar olho, não é?
Experimenta a viagem ao som de Jay Jay Johanson e o seu novo RUSH. Ouvi e gostei do conceito mais-do-mesmo!

j.seabra disse...

seja bem vindo e apareça sempre com as "sugestões do chefe"...