2005-09-29

Etapa # 7: os Pirinéus, no caminho de casa.

Quase três meses depois o flash-back termina com estas linhas.
Foi bom trazer à memória estas recordações e partilhá-las com tão singular imensidão silenciosa. O diário de bordo foi uma cábula preciosa no avivar de pormenores valiosos.
...e o calendário a relembrar que tanto falta ainda para nova aventura...

A Côte d'Azur está nesta viagem como o jornal do dia no pequeno almoço: olhadela rápida, uns títulos na retina, algo que fica, sem ser aprofundado.
De Toulon pouco há a dizer a não ser que em nada me cativou.
Cassis, 2ª paragem. Vila pitoresca, acolhedora e turística. A Cascais de França.
Marselha, capital do sul, o grande porto gaulês do Mediterrâneo. Jantar em esplanada do Port Vieux, zona central da cidade, camarote VIP para o campeonato mundial de petanca que aqui decorria.

Nova alteração de rota, à medida que Espanha se aproxima. Barcelona é demasiadamente cativante e importante para ser visitada de relance. Merece, com certeza, visita futura, por isso deixa de fazer parte da rota. Destino: Andorra.
Com a subida dos Pirinéus as condições meteorológicas pioram sobremaneira. Rochedos recortados e o verde da paisagem dominam o que os olhos alcançam. Nuvens carregadas escondem o topo das montanhas. Estamos quase a 3.000 metros de altitude. O ordenamento das habitações é rigoroso no principado, para não ferir a beleza paisagística.



Chegada a Saragoça no início da madrugada de 09 de Julho, data querida para o meu companheiro de viagem, no mais longo dia de aniversário que a sua história já conheceu, um dia de 25 horas, aproveitando a diferença horária para Portugal.
O rio Ebro dá vida a uma cidade pouco mediatizada, mas cujas riquezas serão certamente mais divulgadas quando, em 2008, acolher exposição mundial idêntica à que alterou a face de Lisboa em 1998.
A aridez da paisagem no caminho de Madrid, vai dando lugar ao verde à medida que nos distanciamos da capital espanhola, a caminho de Bragança, porta escolhida para a reentrada em Portugal.
22h30, os ares são (muito) mais familiares.
Home, sweet home.

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