2005-09-04

Etapa # 5: Au revoir Belgique!

Bruxelas. 3ª região da Bélgica, elo apaziguador e unificador onde coexistem o neerlandês e o francês em sã convivência.
Bruxelas. Centro institucional da Europa, para o bem e para o mal enclausurada entre Paris, Londres e Berlim.
Bruxelas. Plataforma giratória, local de passagem.
Percebe-se com isto que não haja uma identidade vincada na capital, a meio caminho entre a metrópole autoritária e a pequena cidade voltada ao turismo, sem nunca conseguir ser alguma delas.
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O característico orvalho e um cinzento e nublado céu acolheram-nos, como que a demonstrar que há tradições que ainda se vão mantendo.
O Atomium, monumento de referência, marco da exposição universal que aqui teve lugar em 1954, é o 1º ponto de paragem na cidade. Inserido em pleno Brupark, perde impacto devido às obras em curso no local. Zona envolvente não esconde a idade que tem e as obras serão a lavagem de cara necessária. O Estádio Rei Balduíno, antigo Heysel Park, traz à memória um célebre Liverpool-Juventus, a mais negra final de uma taça dos Campeões, que aconteceu há já 20 anos. A Mini-Europe transporta para o imaginário europeu o conceito Portugal dos Pequenitos. Escassez de tempo faz adiar a visita para um futuro de horizonte indefinido.
A Grand Place é a sala de visitas da cidade. Imponência e majestade.
O sol espreita tímido. Pesquisa local revela restaurantes gregos como a melhor opção para o almoço. Paredes decoradas pela sua recente grande alegria, nossa marcada desilusão, o Euro 2004.
A partida é marcada pela ausência de uma referência de vulto. O Manneken-Pis, famosa estátua do menino que, inocentemente, segura o instrumento revelador da sua masculinidade, símbolo de sorte e fortuna é, no entanto, bem recordado nos souvenirs que nos acompanham.
Antuérpia era, à partida, o destino seguinte. Uma cidade que vários relatos dão como a mais interessante da Bélgica, fica amargamente de fora da visita a este país, pois implicaria demorada escapadela ao norte do país, destino inverso ao que a viagem impõe.
O Luxemburgo afinal não é tão curto como consta e revela até paisagens e monumentos de grande agrado visual. O parque automóvel do grão-ducado recorda que estamos num território de grande poder económico. Este elevado nível de vida á cartão de visita bem transmitido para Portugal, como confirmamos pelos diversos sinais de que a portugalidade está aqui presente em grande escala.
A visita é curta mas agradável. O próximo passo será dado em Lyon. A França, de novo.

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