2005-10-05

"Natural Born Killers", Oliver Stone, EUA, 1994

Haverá algo de mais violento que os telejornais de qualquer TVI deste mundo?
Haverá algum governo mais poderoso que um director de um canal de televisão de grande audiência?
Haverá algum Zé Maria de Barrancos que os media não consigam transformar em herói nacional?

Um dos primeiros delírios literários de Quentin Tarantino.
O grande delírio visual de Oliver Stone.
Um trabalho que valeu o corte de relações entre ambos.
Trent Reznor na cabine de som.
Leonard Cohen, Patti Smith ou Jane's Addiction nos ouvidos.
Os Velvet Underground amaciados pelos Cowboy Junkies. Sweet Jane.
Sweet Mickey. Sweet Mallory.
Violência gratuita? Parece-me mais uma ironia refinada, uma metáfora romântica, uma alegoria docemente perversa e requintada.
Sensualidade pop de Juliette Lewis pré-Licks.
Rebeldia punk de Woody Harrelson pós-Cheers.
Presenças bem definidas de Robert Downey Jr., Tom Sizemore e Tommy Lee Jones.
O Kill Bill dos anos 90.
Obrigatório.

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