Devotchka
Os Tindersticks compraram umas maracas. Juntaram-se aos Arcade Fire e deram um recital de rock-mariachi em PdC! A 1ª surpresa positiva.
Simian Mobile Disco
Apresentação enquanto DJ set, com cada um dos SMD a solo. Demasiado hard para o meu gosto.
The Blows
Indie-rock galego da escola Franz Ferdinand. Competentes.
New Young Pony Club
New rave. Punk chiq. Entre os Klaxons e as CSS, sem o poder mediático de qualquer destes. Não desiludiram quem se predispôs a trocar o jantar por um pezinho de dança.
Sparta
Os irmãos bastardos dos Mars Volta a trazerem rock de guitarras ácidas às margens do Coura. O público gostou. Eles também.
Blasted Mechanism
A new rave nasceu em Portugal em 1996. Na altura era apelidada de “Atom Bride Theme”, vestia a pele de um polvo e misturava os elementos étnicos da world-music com um rock tribal exuberante. Em 2007 continuam a fazer de “Karkov (Nadabrovitchka)” um dos mais estimulantes exercícios dance-rock de que há memória. Assim se provou, mais uma vez neste festival. Fossem eles súbditos de sua majestade e tinham direito a figurar como os cabeças de cartaz que na realidade eram. Fizeram jus a esse título.
M.I.A.
Entra na história como o maior erro de casting de sempre em Coura. Algo como uma aula de aeróbica ao som de uma jukebox manhosa resgatada aos escombros da feira popular. Bah!
Babyshambles
Pete Doherty é um betinho com a mania que é punk. Uma espécie de Paris Hilton, refém das curtas fronteiras britânicas. Caiu nas graças de Kate Moss e da imprensa sensacionalista londrina porque lhes garantia bons títulos para os jornais. Só isso foi o suficiente para ser cabeça de cartaz de um dos festivais de referência do velho continente. Isso, e ter uma banda indie-rock igual a tantas outras.
Crystal Castels
…como não foram a tempo de reciclar a jukebox da feira popular, fazem-se acompanhar de um velho Spectrum 48k e dos seus sons robóticos. A aula de aeróbica faz muito mais sentido neste after-hours…
Spoon
Pop agridoce a trazer à lembrança uns dEUS, mas despida da genialidade destes.
Gogol Bordello
Um excêntrico caldeirão onde se fundem os Pogues com o Manu Chao ou os Clash com a No Smoking Orchestra. Punk e Gipsy em doses certas e uma energia inesgotável fazem do colectivo liderado por Eugene Hutz os grandes vencedores do Paredes de Coura 2007.
Architecture in Helsinki
Colectivo australiano, indeciso quanto ao rumo a tomar pela sua pop delicada. Passaram o tempo a prometer explodir, mas não chegaram a fazê-lo. Foi pena.
Mão Morta
O penta comemorado e o ponto final anunciado. Luxúria Canibal vestiu pela última vez a pele de mestre de cerimónia grotesco a dirigir a melhor orquestra do país. Concerto grandioso, ao qual não faltou o milagre da poeira à chuva.
New York Dolls
Ver o Mick Jagger a interpretar a discografia dos Stooges até podia ter piada por um bocadinho, mas daí até fazer deste o mais longo concerto do festival vai uma grande diferença. Mais a mais, porque nem S. Pedro estava com grande paciência para isso. Sobretudo S. Pedro!
The Sunshine Underground
Confesso que, até ser anunciada a última banda para este PdC, tinha a esperança que os Rapture se redimissem aqui da ausência no SBSR. Não vieram eles, mas deixaram-se representar muito bem por este colectivo de Leeds que adopta o nome de um tema dos Chemical Brothers. “Raise the Alarm” é o álbum a explorar.
Peter, Bjorn & John
…ou Peter, Bjorn & Nino, porque o John não pode meter férias todo o ano… Uma pop agradável com nítidas influências shoegazing. Como se os Beatles e os Spiritualized se reunissem secretamente numa qualquer garagem da Suécia. E, sim, puseram toda a gente a assobiar.
Cansei de Ser Sexy
Depois dos Bloc Party no SBSR, apetece-me de novo falar em flop… As minhas expectativas eram altas para ver do que eram capazes estas meninas. O disco pode não ser nenhum portento de originalidade nem da arte de bem tocar, mas foi daqueles que me acompanhou mais assiduamente nos últimos tempos. Ao vivo, porém, o caso muda de figura. Isto de fazer um disco soar electrónico e querer transpô-lo para o palco em formato rock, tem mais que se lhe diga do que aquilo que as brasileiras se mostraram dispostas a aprender. Se quiserem ser mais aplicadas podem pedir umas liçõezitas ao ilustre James Murphy…
Sonic Youth
Os verdadeiros cabeças de cartaz destes 4 dias de música mostraram-se iguais a si próprios. Os 27 anos a gerir com igual mestria o experimentalismo sónico e a melodia indie-pop permite-lhes darem-se ao luxo de continuar a promover os seus álbuns como se o passado lhes fosse padrasto. Cometeram aqui o “excesso” de tocar 3 clássicos (“100%”, “Bull in the Heather” e “Teenage Riot”) por entre as várias amostras do novo “Rather Ripped”. Thurston Moore não envelhece e mantém a sua relação amorosa com a guitarra. Kim Gordon está mais sensual que nunca, balançando-se numa descomprometida e desconhecida faceta de bailarina. Lee Ranaldo e Steve Shelley não destoam e completam da melhor forma este dream team novaiorquino. Para mais tarde recordar.
Os Tindersticks compraram umas maracas. Juntaram-se aos Arcade Fire e deram um recital de rock-mariachi em PdC! A 1ª surpresa positiva.
Simian Mobile Disco
Apresentação enquanto DJ set, com cada um dos SMD a solo. Demasiado hard para o meu gosto.
The Blows
Indie-rock galego da escola Franz Ferdinand. Competentes.
New Young Pony Club
New rave. Punk chiq. Entre os Klaxons e as CSS, sem o poder mediático de qualquer destes. Não desiludiram quem se predispôs a trocar o jantar por um pezinho de dança.
Sparta
Os irmãos bastardos dos Mars Volta a trazerem rock de guitarras ácidas às margens do Coura. O público gostou. Eles também.
Blasted Mechanism
A new rave nasceu em Portugal em 1996. Na altura era apelidada de “Atom Bride Theme”, vestia a pele de um polvo e misturava os elementos étnicos da world-music com um rock tribal exuberante. Em 2007 continuam a fazer de “Karkov (Nadabrovitchka)” um dos mais estimulantes exercícios dance-rock de que há memória. Assim se provou, mais uma vez neste festival. Fossem eles súbditos de sua majestade e tinham direito a figurar como os cabeças de cartaz que na realidade eram. Fizeram jus a esse título.
M.I.A.
Entra na história como o maior erro de casting de sempre em Coura. Algo como uma aula de aeróbica ao som de uma jukebox manhosa resgatada aos escombros da feira popular. Bah!
Babyshambles
Pete Doherty é um betinho com a mania que é punk. Uma espécie de Paris Hilton, refém das curtas fronteiras britânicas. Caiu nas graças de Kate Moss e da imprensa sensacionalista londrina porque lhes garantia bons títulos para os jornais. Só isso foi o suficiente para ser cabeça de cartaz de um dos festivais de referência do velho continente. Isso, e ter uma banda indie-rock igual a tantas outras.
Crystal Castels
…como não foram a tempo de reciclar a jukebox da feira popular, fazem-se acompanhar de um velho Spectrum 48k e dos seus sons robóticos. A aula de aeróbica faz muito mais sentido neste after-hours…
Spoon
Pop agridoce a trazer à lembrança uns dEUS, mas despida da genialidade destes.
Gogol Bordello
Um excêntrico caldeirão onde se fundem os Pogues com o Manu Chao ou os Clash com a No Smoking Orchestra. Punk e Gipsy em doses certas e uma energia inesgotável fazem do colectivo liderado por Eugene Hutz os grandes vencedores do Paredes de Coura 2007.
Architecture in Helsinki
Colectivo australiano, indeciso quanto ao rumo a tomar pela sua pop delicada. Passaram o tempo a prometer explodir, mas não chegaram a fazê-lo. Foi pena.
Mão Morta
O penta comemorado e o ponto final anunciado. Luxúria Canibal vestiu pela última vez a pele de mestre de cerimónia grotesco a dirigir a melhor orquestra do país. Concerto grandioso, ao qual não faltou o milagre da poeira à chuva.
New York Dolls
Ver o Mick Jagger a interpretar a discografia dos Stooges até podia ter piada por um bocadinho, mas daí até fazer deste o mais longo concerto do festival vai uma grande diferença. Mais a mais, porque nem S. Pedro estava com grande paciência para isso. Sobretudo S. Pedro!
The Sunshine Underground
Confesso que, até ser anunciada a última banda para este PdC, tinha a esperança que os Rapture se redimissem aqui da ausência no SBSR. Não vieram eles, mas deixaram-se representar muito bem por este colectivo de Leeds que adopta o nome de um tema dos Chemical Brothers. “Raise the Alarm” é o álbum a explorar.
Peter, Bjorn & John
…ou Peter, Bjorn & Nino, porque o John não pode meter férias todo o ano… Uma pop agradável com nítidas influências shoegazing. Como se os Beatles e os Spiritualized se reunissem secretamente numa qualquer garagem da Suécia. E, sim, puseram toda a gente a assobiar.
Cansei de Ser Sexy
Depois dos Bloc Party no SBSR, apetece-me de novo falar em flop… As minhas expectativas eram altas para ver do que eram capazes estas meninas. O disco pode não ser nenhum portento de originalidade nem da arte de bem tocar, mas foi daqueles que me acompanhou mais assiduamente nos últimos tempos. Ao vivo, porém, o caso muda de figura. Isto de fazer um disco soar electrónico e querer transpô-lo para o palco em formato rock, tem mais que se lhe diga do que aquilo que as brasileiras se mostraram dispostas a aprender. Se quiserem ser mais aplicadas podem pedir umas liçõezitas ao ilustre James Murphy…
Sonic Youth
Os verdadeiros cabeças de cartaz destes 4 dias de música mostraram-se iguais a si próprios. Os 27 anos a gerir com igual mestria o experimentalismo sónico e a melodia indie-pop permite-lhes darem-se ao luxo de continuar a promover os seus álbuns como se o passado lhes fosse padrasto. Cometeram aqui o “excesso” de tocar 3 clássicos (“100%”, “Bull in the Heather” e “Teenage Riot”) por entre as várias amostras do novo “Rather Ripped”. Thurston Moore não envelhece e mantém a sua relação amorosa com a guitarra. Kim Gordon está mais sensual que nunca, balançando-se numa descomprometida e desconhecida faceta de bailarina. Lee Ranaldo e Steve Shelley não destoam e completam da melhor forma este dream team novaiorquino. Para mais tarde recordar.
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