2011-02-27

And the Oscar goes to... (the final countdown)



Negro, obsessivo e perturbador. Um grande filme. Votaria neste para melhor filme (que, obviamente não ganhará).
Natalie Portman ficará (justamente) com a estatueta de melhor actriz.
Darren Aronofsky é o meu preferido para melhor realizador. Poderá perder para David Fincher.

O vencedor anunciado. Tem levado tudo quanto é prémios da indústria.
O seu conservadorismo deverá valer-lhe o Oscar de melhor filme.
Colin Firth será o mais que provável vencedor na categoria dos actores, um ano depois de (injustamente) não ter sido reconhecido por “Single Man”.
Geoffrey Rush disputará o prémio de actor secundário com Christian Bale.

O preferido da crítica especializada, pode ser a surpresa da noite e roubar o protagonismo a “The King’s Speech”, isto se a academia quiser mostrar que não é tão conservadora como a pintam.
David Fincher poderá ver finalmente reconhecido o seu mérito na realização depois de não ter sido nomeado por “Seven”, “The Game” ou “Fight Club” e de ter visto o prémio à distância com “The Curious Case of Benjamin Button”.
Deverá ganhar no argumento (adaptado).

Mais orientado para categorias técnicas, terá uma palavra (forte) no argumento (original, neste caso).

James Franco poderia aspirar ao Oscar de melhor actor se a academia não tivesse uma dívida para com Colin Firth. O filme, dificilmente verá reconhecidas as suas virtudes.

Christian Bale, melhor actor secundário.

Gostei muito deste filme. Prémio de argumento original.
A portentosa interpretação de Natalie Portman “rouba” o Oscar a Annete Bening.
Mark Ruffalo tem (mais) um bom desempenho, mas a concorrência é de respeito.

Se houvesse prémio simpatia, o meu estava entregue.
Melhor filme de animação. Candidato forte no argumento (adaptado).

A presença deste filme independente nos nomeados é já uma vitória.
Prémio simpatia, 2.

Ainda não vi, não posso pronunciar-me.

2011-02-25

And the Oscar goes to...

Depois da maratona de visualização dos nomeados para os Academy Awards, a questão que se põe é: não era de se criar um Oscar para a categoria "nova carinha laroca"?


Mila Kunis - Black Swan





2011-02-19

Let England Shake!



E, de uma assentada, surgem esta semana 2 dos (meus) 3 álbuns mais aguardados do ano. Em comum têm o facto de emergirem das ilhas britânicas, tal como o que ainda há-de vir (se é que vem, que, a avaliar pelo que esperamos pelo disco anterior, poucos têm tão pouca pressa como os Portishead).

Todos eles, cada qual à sua imagem, são figuras iconográficas e incontornáveis do pop-rock das últimas 2 décadas. Todos eles, cada qual com o seu culto, se mantêm, sem danos de qualquer espécie, no limbo entre o alternativo e o mainstream. Todos eles, cada qual com a sua forma de estar, geram expectativas díspares, sendo tantos os que esperam o momento em que finalmente se vão espalhar ao comprido, como os que (como eu) confiam que qualquer variação ou mudança de direcção destes significará o caminho a seguir para muitos milhares de indie-rockers e indie-poppers que se queiram afirmar nos myspaces e i-tunes deste mundo.

E é nesta forma de gerir a expectativa alheia que todos eles, cada qual com a sua estratégia, têm sido mestres. Qualquer um deles atingiu o topo em meados dos 90 ("Dummy" é de 1994; "To Bring You My Love" é de 1995"; "OK Computer" é de 1997). Qualquer um deles soube aproveitar essa exposição mediática momentânea para se afirmar definitivamente, usando o mediatismo a seu favor - e foram tantos os que com idêntico sucesso comercial se renderam aos encantos do facilitismo pop das rádios fm.

E hoje é vê-los a todos a esquivarem-se às "regras" da pop.
Uns deixam fugir o momento em que o som que os próprios construíram conquistava os air-plays e demoram 11 anos a pôr na rua um disco que se anunciava catastrófico. E vêm a público exclamar que o próximo disco já aí vem, e que vem sem truques.
Outros anunciam à 2ª feira que sábado têm um novo disco no ar, e o mundo da música espanta-se como foi possível manter tal secretismo no apogeu da internet e da informação conferida ao segundo, esquecendo que esses mesmos tinham causado um terramoto no mundo discográfico quando, no disco anterior, disponibilizaram a música de forma gratuita, deixando à decisão do consumidor o preço a pagar por ela.
A outra reinventa-se a cada entrada em estúdio, pousa as guitarras, agarra-se ás canções pop, dispensa colaborações, atira-se ao piano, dedica-se ao canto, agarra as guitarras, faz o que lhe apetece. E faz bem.







2011-02-08

Descubra as diferenças


Joy Division - Transmission (Peel Sessions 1979)


Joy Division - Transmission (Performance From "Control")


2011-02-03

Constatação

Sou agora, finalmente e oficialmente, aquilo que anos a fio me esforcei por parecer que não era e que há 11 tinha deixado de ser.
Isso. Estudante em part-time.