Primeiro foi o Alive.
Mas uma imensa nuvem surgiu naquele dia e impediu que tivesse uma percepção apurada dos factos. Consta até que D. Sebastião surgiu a galope no seu cavalo branco. Às tantas era o Napoleão. E a nuvem não era uma nuvem. Era antes uma tenda vip, o que para o caso é igual. E isso transforma um festival de música numa coisa assim para o burlesco. Para mim, claro, que nisto de vip sou uma espécie de Cinha Jardim do Rock. Mas se ela comenta o SBSR do Prince, porque é que eu não hei-de comentar um momento (pseudo)-vip?
Porque não quero. E ponto.
Foi o motivo de força maior para rumar à capital. Ou quase, que o festival era naquela terra que tem um campo da bola onde o FCP vai quase todos os anos buscar uma taçazita, e se o estádio é na capital, então o festival também o é.
São, já aqui o disse (outra vez; várias vezes; aqui também; ou aqui), a banda da minha adolescência, um ícone, um culto, uma referência. E não adianta dizerem que há bandas melhores, mais estimulantes, mais actuais, porque isso eu também sei. Melhor até do que muitos dos que mo lembram constantemente. Mas venham eles outra vez para o mês que vem, que podem contar comigo.
O concerto. Foi especial, como sempre. Por aquilo que já atrás disse e por muito mais. Mesmo que não lhe tenha dedicado a atenção que esse mereceria. Mesmo que não tenham tocado o Rearview Mirror ou o Crazy Mary. Mesmo que o alinhamento nem tenha sido fértil em surpresas. Mesmo que a banda não se tenha mostrado tão "cúmplice" como em outras alturas. Mesmo que estivesse tão atrás no recinto que (quase) só os conseguia ver pelos ecrãs. Mas estava lá. E ouvi o Eddie elogiar (mais uma vez) o público português. E ouvi-o (mais uma vez) falar em português. E (mais uma vez) falar "daquela" noite em Cascais. E (pela primeira vez) de uma pausa...
E fiquei feliz por (mais uma vez) estar lá.
Onde atrás dizia "mais estimulantes, mais actuais" poderia ler-se o nome da banda do Senhor James Murphy. E se este não superou o "concerto do ano" de 2007, também não foi nada mal. E dificilmente os veremos outra vez. Sim, que o senhor, mais que uma pop-star, é produtor e o seu habitat natural não é o palco mas sim o estúdio. Compreendo. Mas vou ter saudades.
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